sábado, 5 de setembro de 2009

Medo: Evolução ou Involução?

Por que o humano não se conscientiza? Por que ele continua a destruir a si mesmo aos poucos? Por que insiste na arrogância, na ganância, na maneira fechada para si mesmo de ver as coisas?

Por que só deixa de fazê-lo quando percebe que não terá lucro algum no que faz?

De que nos adianta sermos programados ou abençoados ,dependendo do ponto de vista, com os sentimentos? Por que, em várias vezes, nós, seres que vivemos para o lucro, não pensamos no prejuízo alheio?

Para que serve a confissão das religiões? Para sermos perdoados dos pecados? Mas, e se logo após já os cometemos novamente?

Qual o significado da palavra evolução? Se demoramos tanto a percebê-la, mais especificamente na hora da própria morote...que é o momento em que desejamos ir para o melhor dos "planos astrais".

De que adianta o poder se ele só serve para criar medo aos mais fracos? Qual a glória disso? Afinal, por que prestigiar tanto a glória, se ela só serve para a humilhação púbica?

A única resposta para tantas perguntas vem de um dos mais simples dos sentimentos humanos: o Medo. É ele quem causa todas as angústias dos seres vivos, fazendo-os temer a tudo, a perda de alguém, de algo, de tudo... e, às vezes, até de nada, simplesmente sentem, para sentirem que ainda estão vivos.

João Pedro Morgado

Escrita e Sociedade




Ao produzir um texto, o autor viaja pelo mundo da imaginação buscando a placidez do que lamenta ou exalta, produzindo movimento que avança em direção a uma vida mais livre.

Sente náusea quando se depara com problemas da sociedade e quer, de alguma forma, provocar esse vômito na vontade de aliviar temível sofrimento.

Incansavelmente, luta com as palavras, fazendo delas o seu próprio consolo e mostrando para a sociedade sua real crítica, fazendo com que suas estruturas se abalem, criando seu próprio julgamento.

Tenta buscar o que há de mais belo na natureza para enfatizar esse "mundo cruel".

Esse o maior interesse do escritor, mostrar que não retrata apenas tema de amores, saudades, desilusões, mas também preocupa-se com os problemas do meio em que vive.

Ana Cláudia Cruz

As Ave-Marias

No fértil e opulento feudo Santa Maria, o dia que despertara parecia convidativo. O cheiro de relva molhada embrasava o coração apaixonado de Carmela que, sentada ao piano, sonhava com trovas de amor...A chegada inesperada de uma homem, com estatura e fisionomia nobres a fez levantar em um salto, para abraçá-lo e com voz estridente bradou:
- Bom dia, papai!
Este, com um afago, apertou-a contra o peito proferindo-lhe a bênção. Era Virgílio, o susserano-mor daquela localidade, casado em primeiras núpcias com Maria José, mulher de aparência simples e sorriso encantador, que o fez enlouquecer de amor, quando chorava ao som da lira de suas trovas.
Ao longe, ouvia-se o repicar dos sinos do mosteiro de São Bento. Virgílio inquietou-se. Depressa - bradou - é hora das ave -Marias...
Maria José e a filha vestiram cada qual o seu véu, tomaram consigo o rosário e o devocionário de São Bento "Ora et Labora" e seguiram na bela carruagem, guiada por dois exuberantes corsários.
Apearam ao pé da escada, imediatamente recebidos pelo Pe. Amaro, o capelão do mosteiro. O coração de Carmela batia mais forte... Seria o amor a Deus e à Igreja? Não... iria se encontrar com Joaquim, um mero sacristão, filho de camponeses, inúteis vassalos de seu pai.
Ao terminarem a reza, Carmela aproveitou uma distração de seus pais para acorrer-se ao tabernáculo, a fim de encontrar-se com Joaquim. Mas logo foi barrada pela voz forte de seu pai:
- Carmela, sua mãe, eu e Padre Amaro esperamos por você na sacristia.
Carmela, submisssa, enche os olhos ao avistar Joaquim que, zeloso, apagava as velas; porém se volta, tomando rumo da sacristia.
Chegando lá, depara-se com o olhar severo do reverendo, que a esperava.
- Minha filha, Madre Maria de Gonzaga lhe aguarda no próximo mês, no Carmelo.
Maria José desabou em choro, agarrada às contas de seu rosário.
- Mas e Joaquim?! - Carmela desconcertada não percebera a bobagem que acabara de dizer e tenta consertar:
- Mas Joaquim e Santa Ana, valha-me Deus!
Virgílio afirmou, irredutível:
- É a vontade divina!
Uma freira... Era essa a vontade de seu pai, uma filha carmelita, como Terezinha de Lisieux.Carmela, sem escolha, como voa o tempo, ruma com os pais ao Carmelo quando um grande tremor abala a carruagem que os conduz. Era Joaquim, que montado em um cavalo alado arrebata Carmela ao átrio paterno e seguem em direção à felicidade.
Rafael Teruel.

O Poeta


- O que é ser poeta?

- Ser poeta é algo grande.

- O que é ser algo grande?

- É fazer acontecerem as ideias.

- O que é fazer acontecerem as ideias?

- É lutar para que ela aconteçam.

- O que é lutar?

- É persistir para que no final vença.

- O que é vencer?

- Vencer é quando você pode fazer algo a seu próximo.

- O que é o próximo?

- Como nós, são pessoas.

- Não entendi.

- Pessoas do dia a dia que lutam como o poeta.

- Ah! Papai, já sei o que sou e qual o meu destino neste mundo.

- Decidiu o que, filho?

- Sou poeta!

- Por quê?

- Porque ser poeta é algo grande...


Larissa T. Maria

O Tempo da Vida Humana


A vida humana é apenas uma pequena fração do gigantesco tempo universal. O tempo da vida humana não é nada, e com tão pouco tempo devemos saber aproveitá-lo com sabedoria, para que não sejamos apenas mais um elo da história humana.


A velhice é apenas um estado de espírito, as pessoas podem ser jovens para sempre, basta acreditarem e não deixarem que sua idade avançada as consuma.


A morte é o fim da vida, o fim das esperanças e dos sonhos, mas também é o descanso da mente, do corpo e da alma.


Velhice e morte são bons temas para a literatura, esta apresenta diversas formas daquelas manifestações, com temas tão obscuros, os quais queremos sempre evitar.




Leandro Coelho, 2ª série EM

Hora da Leitura


"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias."

Hino da Escola


Hino da EE Galdino de Castro

Letra: Dr. Moisés Elias
Música: Prof. Virgílio Arena


Salve escola que um sonho ridente
Neste templo de luz floresceu
Salve escola gloriosa semente
Que aquecida em noss'alma nasceu!

Seu destino brilhante e fecundo
Fulgirá neste céu cor de anil
Há de abrir as cortinas do mundo
E as belezas cantar do Brasil.


Cajuru com devoção
Guarda esta joia querida
A vida, da sua vida,
Dentro do seu coração.

Mocidade radiosa e aguerrida
Seja o livro seu caro fuzil
Pois vencendo a batalha da vida,
A vitória será do Brasil.

Salve mestre bondoso e querido,
Cuja vida é espinhosa missão
Como sândalo mesmo ferido
Dá o perfume do seu coração.

Biografia - Dr. Galdino de Castro


Galdino de Castro nasceu na cidade de Salvador, Bahia, em 18 de abril de 1882.

Estudo Direito até 1905; abandonou o curso e doutorou-se em Medicina, na Bahia, em 1912 com a tese "Das ilusões sociais."

Foi jornalista precoce. Nos tempo ginasiais fundou, entre outros: O Colibri e Revista Moderna. Foi colaborador de várias revistas. Nova Cruzada uma revista das mais ilustres do simbolismo brasileiro, teve nele um de seus fundadores.

Compunha versos de memória, declamando-os esplendidamente "com alma de troveiro medieval".

Em 1917 veio para o Estado de São Paulo. Exerceu o cardo de Prefeito em Santo Antônio da Alegria, one realizou muitas benfeitorias.

Clinicou em Cajuru e foi o grande idealizador do antigo Ginásio Municipal e graças ao seu esforço, dedicação e empenho, hoje temos escola com seu nome: EE Galdino de Castro.

Morreu em São Paulo, vítima de problemas cardíacod, em 23 de agosto de 1939, desconhecido, esquecido, ele que fora "dos aguerridos vanguardeiros", mas que nunca morrerá no coração de cada cajuruense.

Dr. Galdino de Castro



A um painel



Galdino, olhando tua imagem, à entrada de teu sonho realizado, descubro que, afinal, não sei tanto sobre ti.

Não sei, por exemplo, quem foram teus amores, quais os teus temores...

Não sei por que caminhos tiveste que seguir, que preconceitos tiveste que enfrentar, quantas lutas tiveste que travar para te tornares o grande homem que foste...

Não sei quais foram tuas angústias sob noites tenebrosas; tampouco quais as tuas alegrias em iluminados dias.

Não consigo adivinhar, em tua postura nobre, os pensamentos mesquinhos ou ideias odiosas que porventura tenham passado em tua mente.

Não sei se os teus dias foram claros e alegres ou turvos , tenebrosos e difíceis.

Não sei as dores que sentiste ( não as do corpo - pois são banais,- mas as do espírito , que estas são profundas) e que forjaram a tua fortaleza.

Olhando para tua imagem no painel não adivinho tua simplicidade ou o teu gesto muito humano; apenas ouso enxergar o teu sonho, o sonho de um médico baiano.

Olho ao redor, diviso as grandiosas paredes que me rodeiam, imagino o teu projeto quando era apenas sonho e , no burburinho de passos e vozes, sinto que tu foste recompensado: o teu ideal vibra e pulsa, acolhe e faz crescer.

O teu sonho comanda outros sonhos, abriga outras vidas e tantos risos.
De uma forma inesperada, o teu sonho contém um ar de mistério e nostalgia; respira e aquece. Teu sonho agora carrega o teu nome, o teu sonho é esta escola "Galdino de Castro": um desejo que criou vida, que acende ilusões; nobre como tu, certamente, o foste, imponente e grande.
Apesar da biografia lida e exibida ao lado de tua fotografia, não te conheço profundamente, apenas diviso o teu olhar idealizador, amo, conheço e admiro o teu sonho.

Verifico que não encontro disto tudo neste mundo aquilo que supere o teu retrato, o retrato de um homem que teve a coragem de ousar.



M.A.N.M.

XII Olimpíada Brasileira de Astronomia - OBA!

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direis ,no entanto,
Que ,para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...





"100 anos da produção industrial do avião, inventado por Alberto Santos Dumont", "400 anos do uso da luneta astronômica, por Galileu Galilei".

No ano em que grandes acontecimentos são celebrados, a EE "Galdino de Castro" acrescenta mais um: "Desenho da aluna Carina Pereira selecionado entre os 50 melhores do Brasil".

A XII Olimpíada Brasileira de Astronomia promoveu, em todo o país, o concurso: Desenho do Ano Internacional de Astronomia.

Sob orientação do Professor de Física, José Luís Zanardo, coordenador do evento em Cajuru, alunos do Ensino Médio participaram da Olimpíada, e o desenho da aluna da 1ª Série do Ensino Médio, Carina Silva Pereira, está entre os 50 melhores dos país.

Carina, 15, singelamente comentou: "Fiquei muito feliz com o resultado, só tinha conquistado um segundo lugar, em um concurso. Mas ficar entre os 50 melhores do Brasil inteiro nunca tinha conseguido, não."

A EE "Galdino de Castro" comemora o brilho das estrelas.